AKOFENA: Diretrizes Curriculares para ERER como instrumentos de luta contra o racismo

Resumo

Colaboradores: Edilaine Ricardo Machado

Estudantes voluntários: Jaqueline Andrade Mayer, Lucas Mateus Oliveira da Silva, Luiz Felipe Deccó de Oliveira.

A ação de extensão Akofena: Diretrizes Curriculares para ERER como instrumentos de luta contra o racismo aconteceu no dia 19 de abril de 2022, de forma remota, via meet. O principal objetivo desta ação foi debater, a partir das Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico-Raciais, formas de efetivar uma educação antirracista, especialmente no campo das Artes; através de uma palestra seguida de conversa com a professora, atriz e pesquisadora Edilaine (Dedy) Ricardo Machado. O termo Akofena, bem como sua imagem, que compõem o título da ação, é um adinkra. Os adinkras são um conjunto de ideogramas, ou seja, símbolos que representam provérbios, aforismos ou ideias que fazem parte da tradição do povo Axante, originário de Gana e suas adjacências, na África Ocidental. O adinkra Akofena traz a imagem de duas espadas cerimoniais cruzadas que simboliza a autoridade, a legalidade, o reconhecimento de bravura ou atos heróicos. Para o músico marfinense Loua Pacom, Akofena trata de uma coragem que precisamos trazer em nós desde o nascimento, para defender a nós e à nossa comunidade. A pergunta básica desta ação de extensão foi: como podemos realizar uma educação que seja antirracista? A partir de suas experiências como mulher negra, docente e artista, a convidada abordou as Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico-Raciais e apresentou elementos e produções de culturas de matriz africana que podem ser conteúdos e recursos metodológicos para a educação, especialmente no campo das Artes. O público que participou da proposta reuniu docentes e discentes dos cursos de Artes visuais, Dança, Música e Teatro da Uergs, bem como profissionais da educação básica, pesquisadores e pessoas da comunidade, com a participação direta de 58 pessoas. Estas participações demonstram o interesse pelos assuntos abordados e apontam para a circulação das ideias ali colocadas em diferentes espaços de educação na sociedade. Abordar a questão antirracista em uma ação de extensão pública que reuniu educadores, estudantes e artistas pode gerar muitas outras ações nos diferentes campos sociais em que as pessoas que participaram atuam. As discussões sobre a reduzida presença de conhecimentos de raíz africana nos espaços de educação formal causam certo desconforto, mas certamente provocarão ações futuras protagonizadas por estas pessoas.